Quem nunca ouviu de um colaborador que ele gostaria de ter mais flexibilidade no trabalho?
As razões são inúmeras: vão desde “não produzo bem de manhã” a “me concentro mais para trabalhar à noite”. Há, ainda, as justificativas mais objetivas, como a preocupação com o horário de buscar os filhos na escola, o tempo gasto no deslocamento, as distrações permanentes do ambiente de trabalho, entre outras.
Mas será que há solução para todas essas queixas? E como uma boa gestão de benefícios pode ajudar nessa transição? As respostas para essas perguntas podem estar na flexibilização do trabalho. É sobre isso que vamos falar neste conteúdo. Confira!
Mas, afinal, o que seria essa flexibilidade no trabalho?
A flexibilização pode ter vários níveis: uma carga maior de trabalho em determinados dias da semana para a obtenção de folgas em outros ou começar o expediente mais cedo para sair a tempo de resolver pendências pessoais. Outros exemplos são diminuir o intervalo de almoço para antecipar o horário de saída e trabalhar em home office. São possibilidades que precisam estar em concordância com o cumprimento da legislação trabalhista brasileira, é claro — tanto no que diz respeito ao horário máximo de trabalho quanto ao intervalo mínimo de almoço. Para que fique claro, a flexibilidade no trabalho envolve muita responsabilidade, empatia e planejamento. Afinal, é preciso cumprir prazos, trabalhar em um horário predeterminado, entender as necessidades da empresa e planejar-se para desenvolver as atividades diariamente mesmo sem ter a supervisão da chefia.Quais são os benefícios da flexibilidade no trabalho para a empresa?
Por ser uma tendência mundial, já é possível dizer que a empresa ganha em produtividade com a flexibilidade no trabalho. Além disso, ela ainda torna o clima organizacional mais harmônico devido à maior satisfação dos funcionários com o atendimento de seus anseios. Não é difícil entender esse ganho de produtividade, já que um colaborador com flexibilidade ganha tempo para ficar com a família, se exercitar e relaxar. Sem falar que isso diminui o estresse com o deslocamento até o local de trabalho, reduz as distrações e ainda pode intensificar a produção no horário em que o profissional tem melhor desempenho.Como a empresa pode flexibilizar o trabalho?
Um bom ponto de partida é entender quais setores podem flexibilizar o trabalho e qual é o ponto de vista dos gestores sobre isso. Afinal, nem todas as funções desempenhadas podem ter essa facilidade. Um exemplo é quem presta atendimento presencial ao público: na maioria das vezes, é necessário trabalhar em horário comercial. Por isso, é preciso avaliar cada situação. Já nos casos possíveis, a corporação pode optar por fazer experimentos, começando pela liberação de alguns funcionários para trabalhar de casa uma vez por semana, e avaliar o desempenho das atividades. Assim, é possível entender quem tem o perfil para ser produtivo mesmo longe da presença física do gestor. Outra forma é possibilitar a flexibilização de horário para quem precisa estar no escritório, pensando nas necessidades do funcionário e da empresa, além de negociar uma carga horária viável para ambos. Considerando todos esses aspectos, separamos alguns caminhos que a organização pode adotar para diminuir a rigidez dos turnos.Oferecer opções de horário
A flexibilidade de horário pode aumentar a produtividade do colaborador. Afinal, cada um pode apresentar picos de produtividade em períodos diferentes — alguns trabalham muito melhor pela manhã, enquanto outros preferem a madrugada. Permitir que o funcionário atue no horário mais compatível com seu perfil favorece entregas mais bem trabalhadas e até criativas. Além disso, proporciona mais bem-estar ao colaborador, já que ele não precisará “forçar” atividades em períodos do dia nos quais sua capacidade de concentração é menor.Proporcionar dias de home office
O home office hoje não é apenas uma possibilidade, mas uma realidade! Diversas empresas adotam esse tipo de flexibilização, proporcionando mais qualidade de vida aos colaboradores e também redução de custos. Porém, para que essa estratégia dê certo, é essencial que haja uma comunicação clara entre o funcionário e a liderança, definindo-se o que deve ser entregue e dentro de qual prazo. Com essa estruturação, o trabalho pode ser feito com qualidade e confiança entre as partes.Criar normas para comunicar horários alternativos
Para algumas empresas, o horário flexível é mais fácil de ser controlado. Esse geralmente é o caso de organizações com menos funcionários. Quando a equipe é grande, esse controle fica um pouco mais complexo. Por isso, é importante estabelecer normas para que os horários alternativos sejam informados, permitindo que o RH e a liderança acompanhem o cumprimento da jornada e a realização de horas extras. A sugestão é dividir o horário flexível em três modalidades:- fixa variável, na qual o colaborador adere à opção de jornada mais interessante proposta pela empresa;
- variável, quando o funcionário decide o horário que quer cumprir, mas deve permanecer fiel a essa escolha;
- livre, quando o colaborador trabalha no horário desejado, desde que cumpra a jornada diária.